À conversa com... José Antunes !

A vencer desde 1979…
Trabalho, humildade e uma reflexão sobre o passado para nos ajudar a melhorar o futuro. São estas as principais ideias que o presidente do Grupo Desportivo Fundação Jorge Antunes concedeu em exclusivo ao mais recente meio de comunicação desportivo do clube.

Uma mescla de ideias a por em práctica na próxima temporada e vários conselhos aos pais e jogadores também fizeram parte da conversa que tivemos com o José Antunes. Vários temas que foram abordados e que os leitores podem observar.

1- A época passada teve, sem dúvida, um resultado esperado. O que achou da época passada?

R: Achei muito positiva! Quando se ganha nada há a dizer de mal. Mas queremos sempre mais e o título nacional esteve nas nossas mãos. De qualquer maneira foi pena que os outros escalões não tivessem o êxito dos Juvenis.

2- O titúlo de Campeão Distrital premeia, de certa forma, o trabalho que se faz num clube como a Fundação?

R: O G.D. Fundação Jorge Antunes é sempre um candidato por natureza ao titulo distrital em qualquer escalão. Damos boas condições mas depois os planteis têm que ser bem escolhidos e a cima de tudo bem treinados como temos visto nesta equipa de juvenis. Mas pode não se ganhar mas fazer um bom trabalho.

3- O que achou da prestação dos jogadores na fase nacional?

R: Muito mal preparados psicologicamente pois estavam cheios de medo, um pouco humildes e não foram preparados para esses jogo. Podíamos resolver facilmente a eliminatória em nossa casa com facilidade se estivéssemos mais concentrados, mais preparados mentalmente e isso também se trabalha. Faltou experiência de jogos como este. É por isso que tenho dito para fazermos jogos fora do nosso distrito, mas esses treinos têm que ser com equipas mais fortes para nós sabermos perder e ganhar experiência. Mas isso nada teve para avaliação de uma época.

4- Visto não ter assistido ao último encontro, com o Coheamato, o que é que lhe foi transmitido?

R: Que a equipa estava assustada e cheia de medo. Foram várias pessoas experientes a dizer o mesmo e uma delas o próprio treinador Paulo Leite.

5- Falou com os jogadores no final desta 'aventura'? O que lhes foi transmitido?

R: Um pouco de tudo, boa época e de certeza que se jogássemos outra vez com o Coheamato já tinham mais experiência para fazer ainda melhor. De qualquer maneira a época é avaliada por vários meses e isso ninguém tem dúvidas que foi positiva. Os técnicos, directores e jogadores têm que tirar benefícios desta derrota porque é experiência que adquirimos se reconhecermos o que esteve mal e bem.

6- Uma nova época se avizinha. Que espera?

R: Quem representa o Grupo Desportivo Fundação Jorge Antunes sabe que cada vez mais a responsabilidade é maior e a exigência também é superior. Para o ano da maneira que estamos a organizar os escalões vamos dar mais condições, vamos dar técnicos com experiência, vamos fazer treinos de captações para tentar em todos os escalões equipas fortes. Vamos reunir semanalmente para andarmos mais perto de cada escalão, em cima dos problemas e tentar resolver as coisas que aparecerem na hora. O clube vai dar uma volta de 180º e toda a gente desde de adeptos, treinadores, directores e jogadores vão ver o que vamos ter para oferecer. Vamos ter uma sede aberta, vamos ter uma loja com o nosso material com o nome de toda a gente, vamos ter mais modalidades como o Xadrez, Damas, Boxe, Artes marciais etc.

7- Porque escolheu o Gabriel, sendo ele um jogador profissional dos Séniores, para treinador da próxima época?

R: O Gabriel vai deixar de ser profissional como o resto da equipa, ele só vai ser profissional nos treinos e nos jogos e sempre que se identificar com o material do clube. O Gabriel é um jogador da casa e que quero que fique ligado ao clube por muitos e longos anos. Como homem é bom rapaz e humilde, não faz mal a uma mosca. Escolhi-o como técnico devido à experiência dele, por causa do carácter dele e pelo gosto que tem nas crianças e pelo futsal. Pode perfeitamente passar a forma de jogar idêntica à dos séniores. A nossa finalidade é que quando um jogador é chamado aos seniores não pode ter a dificuldade que tenho visto porque acabamos de perder tempo a ensinar.

8- Fazendo eu parte da claque não podia deixar de perguntar o que acha e pretende da mesma?

R: Cada vez mais e melhor. Adorei ver a parte final dos juvenis e adorei mais os últimos jogos dos seniores. Lamento mesmo muito quando vejo que jogamos em casa (camadas jovens) e temos mais gente de fora. Há pais que são uns ingratos e despacham os filhos para um treino ou para um jogo como quem despacha a mercadoria. Nós não temos obrigação de educar ou ensinar os filhos de ninguém mas de certeza que damos mais atenção do que muitos pais. Devemos apoiar os jovens para eles se sentirem seguros na sua vida e sentir que os familiares os acompanham. Tudo para dizer que se todos fizerem isso formamos uma grande claque. Há pais de devem passar mais tempo nas tascas do que a dar atenção aos filhos!

9- Expectativas?

R: Vamos ser maiores e melhores, ser mais humildes, deixar os tiques do cabelo e os calções a cair pelo rabo fora. Vamos de certeza estar mais organizados, dar as mesmas ou mais condições, vamos tentar jogar com regularidade fora do nosso distrito para podermos aumentar a nossa experiência. Vamos fazer com que os pais acompanhem mais os filhos e que apoiem. Vamos fazer mais concentrações de festas com os escalões todos, enfim ideias não faltam vamos é por em prática. De qualquer maneira tudo isto só funciona em grupo e não em grupinhos ou individualmente.

10- Quer deixar algum conselho aos seus jogadores?

R: Trabalho, humildade, cumprir as ordens dos treinadores e directores, respeitar o clube, trazer amigos para sócios, apoiar os outros escalões, mas acima de tudo estudar para que os pais não tenham que castigar com a proibição do futsal. Porque infelizmente os pais só sabem ver os castigos que melhor fazem aos filhos em vez de os ajudar e acompanhá-los. Podem contar comigo para o que der e vier, não me peçam para acompanhar mais porque vou passar tempo nos escalões todos e nas modalidades todas. Vamos tentar pelo menos ter um local onde possamos estar todos juntos.


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